Chegamos ao mês da copa e todas as atenções estão direcionadas a este evento mundial do qual nós brasileiros esperamos ansiosamente. Diferencialmente dos anos anteriores, a copa está acontecendo nos meses de novembro e dezembro.
Quem diria? Só mesmo uma pandemia para alterar um calendário de um evento desta magnitude. Deixando a pandemia de lado, vamos falar de coisas boas.
Vamos falar de liderança. Há muito o que se analisar se pegarmos como ponto de partida o papel dos técnicos de futebol.
Da mesma forma como lideramos nas organizações, um técnico de futebol tem responsabilidades muito parecidas e desafiadoras, principalmente aqueles que lideram as seleções. E aqui eu já tiro o chapéu para o nosso querido Adenor Leonardo Bacchi mais conhecido como Tite!
Eles precisam selecionar um “time” de profissionais que seja referência na sua atuação. Imagina o trabalho árduo de identificar pessoas que sejam muito boas no que fazem? E além de serem excepcionais e se destacarem, ainda precisam estar fisicamente saudáveis. Mais um ponto a ser avaliado.
Neste aspecto da seleção, não cabe agir com a emoção e o coração. A razão tem que prevalecer. Abrindo um parêntese… Vale ressaltar aqui que o técnico não trabalha sozinho, ele tem perto de si uma equipe técnica fantástica que o ajuda em todos os aspectos. Então, cercar-se de pessoas capazes, nas suas mais diversas especialidades, é fundamental para o sucesso do trabalho de qualquer líder.
Voltando aos jogadores, um segundo aspecto está ligado a fazer com que estas “estrelas” do futebol trabalhem bem em grupo.
Estamos falando da nata do futebol que é convocada para compor a seleção do seu país. Pessoas que vão representar uma nação usando as suas cores e símbolos.
Na minha opinião, jogar com a nossa camisa, e, diga-se de passagem, é muito linda, é uma baita responsabilidade, vocês não acham?
Quem é líder sabe o quanto é delicado trabalhar com pessoas de destaque, com pessoas que são referenciais no que fazem. Normalmente há muito ego envolvido e, num trabalho em grupo, o que deve prevalecer são os objetivos coletivos em detrimento do individual. Daí a importância do trabalho do técnico que, em muitos momentos, precisa ser firme e rigoroso. Se posicionar de forma direta e objetiva para colocar o grupo no caminho, rumo a uma trilha construída por ele e por toda a sua equipe técnica.
Também no futebol, o técnico precisa fazer ajustes a todo instante. Meio que trocar o pneu com o carro ainda em movimento. Uma habilidade para poucos. Uma habilidade de quem conhece muito do que faz, pois, toda e qualquer ação numa circunstância como essa traz resultados nem sempre positivos.
E cabe ao técnico assumir toda responsabilidade pela escalação, troca de jogadores e todas as estratégias que utiliza para liderá-los durante a partida.
Em se tratando da nossa seleção, Tite ainda tem um trabalho um pouco mais complexo, pois por estarmos no país do futebol, a maioria dos brasileiros tem opiniões de técnico, fazendo críticas e comentários sobre o trabalho do nosso treinador. Ou seja, complicado para o Tite atender aos anseios da população que é “literalmente” apaixonada pelo esporte. Olha aí mais um desafio para este líder?
Cabe ao técnico, escalar, preparar, apoiar, orientar, consolar, repreender e direcionar seus jogadores. Da mesma forma como fazemos nas organizações.
Se ganhar o campeonato, ótimo. Se não ganhar é criticado e suas ações são questionadas. E tudo isso faz parte!
Liderar não é nada fácil! Liderar um time de futebol de uma seleção também não. Imagina liderar a seleção brasileira?
Ser Técnico de Futebol da Seleção Brasileira não é para qualquer um. Concorda?
Há muita responsabilidade envolvida. Há muito querer, há muita persistência, dedicação e energia para encarar um desafio desta magnitude.
Eu, por aqui, conhecedora de quase nada de futebol, me contento em avaliar a performance sob o aspecto das habilidades de liderança. E por este ponto de vista, eu falo com propriedade.
Fico aqui na torcida pelo sucesso deste líder, que ele consiga mostrar a qualidade do seu trabalho, que ele possa exercer a sua liderança com maestria, que consiga levar seus liderados ao ápice da performance e que, no final, sejamos vitoriosos. Afinal de contas nós merecemos, e muito, a posição de hexacampeões. Você não concorda?
Vamos que vamos… rumo ao hexacampeonato! Vai Brasil!