Outro dia eu estava vendo um programa sobre pessoas que são consideradas acumuladores compulsivos.
Para quem nunca viu algo do tipo, posso dizer que é uma situação triste de ver a que ponto o ser humano consegue chegar. São pessoas que acumulam tantas coisas que não conseguem mais viver dignamente dentro do seu próprio espaço.
Isso tudo me fez refletir mais além. Me fez refletir sobre o que estamos acumulando, pois muitas vezes não são objetos, mas sentimentos negativos. Será que o fato de estarmos nutrindo estes sentimentos não nos coloca na mesma condição indigna de vida?
Quantas coisas pairam pela nossa cabeça, quanto rancor, quanta dúvida, quanta amargura nós estamos acumulando dentro de nós e o quanto tudo isso vem nos impedindo de viver a vida como ela realmente precisa ser vivida.
O quanto tudo isso vem nos consumindo e nos impedindo de evoluir, de trabalhar e crescer pessoal e profissionalmente. O quanto tudo isso impacta negativamente no nosso dia a dia.
Os acumuladores compulsivos guardam objetos aleatórios e podem até mesmo ser objetos pegos no lixo. Mas que a pessoa vê como necessário e que um dia poderá ser útil.
É um transtorno fácil de identificar para quem está de fora, mas para o acumulador, a sua situação não é perceptível. E aí trazendo para a análise que eu quero propor, quem de nós assumiria que está acumulando sentimentos desnecessários?
Em ambos os casos a pessoa precisa de ajuda. Precisa de um profissional ou alguém que a faça sair desta situação.
Outra característica dos acumuladores é o fato de que pouco a pouco eles vão ficando isolados do convívio. E você acha que alguém que acumula sentimentos negativos não acaba por afastar as pessoas? Não acaba por se tornar isolado também?
O isolamento leva as pessoas ao desenvolvimento de outras doenças, a exemplo da depressão.
Diz-se que o acumulador começa a desenvolver estas características na infância, e o problema se não cuidado, piora na fase adulta. Acho que não vejo muita diferença nos acumuladores de sentimentos… Imagina se conseguíssemos cuidar das nossas crianças, ensinando-as a lidar com os seus sentimentos e com a realidade do mundo, como você acha que eles estariam quando se tornassem adultos?
Que tal fazermos uma faxina em tudo o que temos, incluindo a nossa casa, nossas gavetas, nossas caixas de documentos… Enfim, fazer uma limpeza geral em tudo o que podemos estar acumulando, incluindo as amarguras, o rancor, a frustração, a raiva, o desapego, a insegurança, o ciúme, o medo…
Vamos rever o que nos afasta de viver uma vida feliz! Nada deve nos impedir de alcançar uma experiência fantástica enquanto estivermos por aqui.
Que tal compartilhar a sua experiência de deixar de ser acumulador (a)?
Eu prometo que vou fazer a minha parte! Conto com você para compartilharmos a nossa evolução neste aspecto. Combinado?